O alcoolismo é uma doença séria, doença comportamental e fisiológica
e que é a causa de muitos problemas, desde familiares até amorosos. Hoje vou
relatar como lidar com um viciado em álcool, e as etapas que podem ser necessárias
para se cuidar do mesmo e o número de sesões para se tratar do mesmo através do
coaching e pnl.
A descrição a seguir não terá nomes, nem mesmo o meu, pois,
será para preservar meus clientes que podem relacionar esse post com eles
próprios.
Era mais um dia como os outros, eu acordava de manhã mais
uma vez pelos gritos de meus pais, a minha mãe estava brigando pois, o homem da
família mais uma vez usava o álcool pela manhã, nesse dia minha mãe quebrou
pratos e eu fiquei morrendo de medo do que deveria estar acontecendo.
Anos se passaram e me mudei para minha própria casa, como
consequência ou escolha, virei coach e penelista, e como vários outros, atendi
alguns casos de alcoolismo.
Quem irá lhe buscar será a família ou pessoas próximas ao alcoólatra.
Sim, quem normalmente me pede ajuda, são as pessoas afetadas
pelo comportamento do alcoólatra, costumam ser familiares, mas, de vez em
quando um amigo ou outro aparece com seus relatos sobre o indivíduo, portanto,
saiba que, a primeira ida ao local, será um tanto desprezada pelo alcoólatra, o
mesmo provavelmente irá por força de outros ao invés de seu próprio esforço,
logo, a primeira sessão, deverá ser de completa empatia e quebras de
pressuposições e leituras mentais do nosso cliente (vide metamodelo), o seu
cliente estará “fechado” e provavelmente
com raiva de você, irá afirmar que não precisa disso e que todos de sua família estão loucos, pois, ele não bebe isso tudo que tanto dizem.
A intenção da primeira sessão, será que você consiga passar
a mensagem que você está com ele, que concorda com ele, e que ele irá voltar a
você para continuar lhe contando dos absurdos
que a família faz com ele, deverá ser uma ideia de cumplicidade, que você está lá
para potencializar os objetivos dele
ao invés da família chata que só o vê como bêbado.
Dependendo do grau de alcoolismo, será necessário que você
se prontifique e dê o coach na casa do cliente, pois, muitas vezes, o mesmo não
retorna, as vezes por continuar pensando que os outros que são loucos por o acharem bêbado ou por que o mesmo
foi beber. Logo, para isso não acontecer, crie uma ancora com você e com o seu
local de atendimento, uma âncora tão divertida e dependente como o álcool “No final da sessão iremos destruir a mesma”.
Essa âncora serve para manter o mesmo indo até o seu local.
Na segunda sessão, devemos fazer com que o mesmo pense sobre
os pontos negativos que está causando a sí mesmo, devemos destruir a imagem
ilusória que o mesmo criou no álcool, devemos com o metamodelo, fazê-lo pensar
o quão mal e horrível e contrário é aquele comportamento que ele esta tendo.
Depois dessa fase, meus clientes ficaram deprimidos, logo,
fiz a grande pergunta “O que você gostaria ao invés disso?”, e depois de ouvir
as respostas, fiz o mesmo imaginar, e ancorei em seus pensamentos uma emoção
tão boa quanto era o álcool, alguns o fazem com
padrão swich, mas, eu prefiro ir engatinhando mesmo com esses clientes.
Se for para chorar, que chore comigo e uma vez apenas, e não em frente os
parentes que desejam ver uma melhora na vida do mesmo ao invés de lágrimas.
Passe um pequeno dever de casa, peça a ele para escolher 3
pessoas e durante a semana que se segue, conversar pessoalmente com elas sobre
o quão ele as ama, (Ensine-o a falar positivamente como o planejamento de
objetivos, ao invés de dar desculpas e ficar triste),
Na outra sessão se tudo ocorrer como o planejado, ele estará
melhor com os parentes, mais crente de sí mesmo, e disposto a começar uma nova
vida, e é agora que o seu trabalho inicia normalmente.
A questão principal, é vincular dor com o álcool e aquele
hábito, vincular dor e perda com o ambiente e os amigos que o estimulam a
voltar ao bar e locais que mantém ele no vicio. Porém, que tal dar mais
escolhas e um propósito ao seu cliente? Provavelmente, ele terá muito que
resolver, como estudar, trabalhar, fazer caminhadas ou corridas para melhorar a
saúde, sair mais com a esposa (se tiver) ou conhecer alguma futura esposa.
Lembrem, o alcool é uma âncora imensa, pois, desde cedo, aprendemos que beber é se socializar, beber é perder a timidez, beber é fazer amigos, beber é divertido, passar constrangimentos bêbado é divertido depois, porém, isso não é, é apenas uma equivalência complexa que as pessoas e a televisão nos passam, logo, quebrar ela e dar outra perspectiva é o necessário.
O melhor disso é saber o quão você ajudou a pessoa, até hoje
recebo e-mails de clientes que passaram por isso, e pelo o que eram e o que são
agora, não tenho dúvidas alguma que fiz um bom trabalho.
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